quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Caixa



Hoje ganhei uma caixa toda enfeitada
E amarrada por uma fita de cetim
Com meu nome nela.
Feito em letras douradas e caprichosas.
E dada por mãos de um alguém especial
Que disse para apenas abrir
Quando estivéssemos a sós.
Eu e a caixa.
Curiosa, não consegui me conter.
Cheguei em casa e desamarrei a fita.
A caixa no meu colo parecia esconder um tesouro.
Na medida em que levantava a tampa
E que a claridade envolvia a escuridão,
Tentava desvendar o que se escondia no fundo.
Me senti como um pirata quando encontra um baú recheado de ouro.
Quando finalmente abri, a surpresa tomou conta.
A caixa enfeitada escondia um livro de capa dura
E já desgastado por conta do tempo.
Escondia um tesouro, cheio de memórias,
De histórias vividas e sonhadas.
A caixa levava aquele conjunto de folhas que continha
Letras, palavras, frases preciosas
Narrando a memória de um alguém.
Memória que não ficará perdida no tempo.
Memória externada, registrada, lida, que poderá ser contada.
Ser repassada por gerações.
Memórias que não morrerão com o autor.

Jessika de Sousa Macêdo