Estádio lotado, pessoas eufóricas, torcidas gritando querendo ver seu time campeão! Jogadores com sede de vitória, correndo atrás da bola, querendo fazer um gol!
Final do jogo, juiz apita indicando o time vencedor!
Arquibancadas tremendo, mostrando a emoção das pessoas com o resultado dado.
Na saída, torcedores saem como bois quando avistam a porteira aberta.
Alguns saem lamentando ou comemorando o resultado dado pelo juiz.
Alguns vão pra casa com suas famílias, outros, para os bares e outros para as ruas criar confusão.
Os ganhadores, em sua eufórica comemoração, se sentem os donos da rua. Fazendo bagunça e causando poluição sonora.
Os perdedores, vão para as ruas expressar a indignação de um resultado negativo, reclamar que o juiz é ladrão e que o jogador, um cagão.
O engraçado é que as pessoas brigam por algo que não faz tanta diferença na sociedade. A única diferença que traz, é na conta bancária de quem esteve no campo, correndo atrás da bola, e dos demais envolvidos no jogo (juiz, bandeirinha, treinador, patrocinador etc).
Reclamam chamando o juiz de ladrão, vão até às ruas brigar por causa disso, e não são capazes de o fazer quando acontece o mesmo com o dinheiro público. Esse que um dia esteve em sua conta bancária e que está sendo mal administrado.
Vejo valores sendo invertidos. Pessoas dando importância maior a algo não tão importante (não me refiro aqui a parte social que existe no esporte).
Poderiam imaginar um jogo diferente:
Os jogadores poderia ser o trabalhador. O bandeirinha, vereador. O juiz, o prefeito. E o torcedor, toda sociedade.
E então o jogo começa. O juiz apita o início de um novo jogo:
Os jogadores correm atrás da bola (trabalham), tentando fazer um gol (ganhar o salário).
O bandeirinha, que foi comprado, marca uma falta (errada) para o time azul. O juiz confirma a falta, deixando o time amarelo em desvantagem. E nesse ritmo prossegue o jogo. No final, saindo o time amarelo como perdedor e os demais ganhando algo por trás de tudo. Um jogo injusto e comprado.
Dessa forma, fazendo a torcida se indignar e irem às ruas reclamar. Esse final seria mais interessante, com a sociedade indo brigar por algo importante, por algo justo, por um bem comum...
Jessika de Sousa Macêdo