segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Hoje vou contar pra vocês uma história simples. 

Sobre as histórias. Não exatamente sobre elas, mas como elas vão circulando, viajando. 

O nome da história é: 

 

Viajante 

 

Em um lugar sossegado, vivia Teodoro e a cachorra Azul. A rotina da manhã desses dois seres, que eram muito amigos, não tinha muita mudança aparente. Eles moravam em uma casa grande (grande o suficiente para acolher visitas) e aconchegante. Rodeada por um quintal com diversas árvores e hortas. 

Todo dia, cedinho, Teodoro se levantava e ia para o quintal. Azul, a cachorra, ficava ainda mais um tempo envolvida no sonho em que estava caçando algum bicho. Como fazia todos os dias no quintal. 

Depois que Teodoro molhava as plantas, podava uns galhos, colhia um pouco ali e um pouco aqui, agradecia o colhido. Azul finalmente se levantava. Acordava daquele seu sonho de aventura. Se espreguiçava. Se sacudia. E ia cumprimentar seu amigo Teodoro, com um bom dia cheio de lambidas e um rabo balançando freneticamente. 

Teodoro ia para cozinha e Azul ia desbravar o quintal. Cheirava tudo. As plantas, os insetos que encontrava, cheiros que chegavam pelo vento. Enfiava o nariz nas aberturas do portão - que era baixo e de madeira - cumprimentava os passantes. Corria de um lado para o outro, rolava, se divertia. 

Pouco tempo depois, ia tomar o café da manhã preparado cuidadosamente por Teodoro. 

Esse era o ritual que acontecia todo santo dia na casa desses dois amigos. 

Até que numa certa manhã, quando Teodoro estava seguindo assoviando para dentro de casa, levando a cesta com o que colheu. Azul se levanta e, segue latindo em direção ao portão. 

(latido de Azul) 

Teodoro deixa a cesta na cozinha e vai ainda assoviando, verificar o que aconteceu pra Azul ficar agitada. Ao caminhar em direção ao portão, se anima com o que vê. 

(Teodoro)    - Olha lá 
        Olha lá 
           Quem chegou. 
                      Azul latindo 
                      a receber 
                      Mestre Nego que acaba 
         de aparecer. 

 
Teodoro abre o portão para que seu amigo possa entrar e o conduz até o interior de sua casa. E no caminho pergunta: 

(Teodoro)     - Ei, como foi a viagem? 

 

(M. Nego)     - Ah, foi divertida! 
          Teve belas paisagens! 

 

(Teodoro)     - Se aprochegue 
         Venha dar um tempo. 
         Descansa essa mochila 
                       Pegue um assento 
                       Um café vai bem? 
                  Vamos prosear. 
         Como é que tá a vida do lado de lá? 

   

(M. Nego)     - Tá daquele mesmo jeitinho 
         Sem muita mudança a chegar. 
                        Trouxe um docinho pro café 
                        acompanhar. 
                        Mas me diga você 
                        O quê que te faz assobiar? 

 

Eu só sei que a prosa nesse dia foi longa. E como a gente tem pouco tempo, vou parar por aqui. Mas antes de sair, deixo uma pergunta pra vocês levarem, se quiserem. 

 

O que faz cada um de vocês assoviar? Ou cantarolar? 



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História desenvolvida a partir da escrita Prosa, para o componente Prática Docente em Contação de História

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