Tanto e nada a ser dito. Queria piar e tudo ser colocado ali, em um único som. Mas eu sei que a mente humana não funciona assim. Precisamos dizer, pensar, linkar, significar inúmeras palavras para então fazer algum sentido. De direção ou de reverência? Sei lá eu.
Fico pensando como seria falar a língua de um outro animal. Sei lá, percebo que pode ser complexo atingir o âmago em outra língua/linguagem que não a que se foi construindo em cada célula, por anos. E então, em outro continente, se torcer para atingir o âmago por outras vias, outra língua. Deve ser estranho e interessante. Será por isso que nunca me dediquei a língua alguma? Não sei. Acho que talvez não. Mas voltemos ao caso de espécies diferentes. Imagina se de fato entendêssemos o significado do som que uma arara está emitindo e poder responder. Não simplesmente imitar o som como algumas pessoas fazem perfeitamente bem. Mas de fato sentir e soltar o som. Ok. Fui longe na viagem. Mas sei lá. Preguiça de elaborar humanamente o que o corpo tá pedindo e a cabeça gritando. Ou seria o contrário? (É muito 'dramalhão' aprendido. Tá. Estou julgando e generalizando a humanidade e outras espécies. Guilty.)
Acho que só estou fugindo mesmo. Acho que estou com medo de conhecer o outro lado da porta e deparar comigo diferente. Anseio e tenho medo. Talvez por isso tenho ficado praticamente vegetativa nas férias. Sem viajar. E sem o único elo material que me liga à minha cidade de origem. O trabalho (um lado que temia. Concentrar a maior parte da energia em uma única coisa e ficar perdida sem ela.).
Jessika de Sousa Macedo
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