quinta-feira, 8 de junho de 2023

O primeiro segundo beijo

Quem diria que o primeiro beijo
Seria algo complexo.
Iniciou na decisão e terminou na entrega.
A menina saiu de casa decidida a experimentar.
Saber como era isso de beijar.
Lá pelos 15 anos, numa festa de colégio
Em meio a música foi quando aconteceu.
A menina tomada pelos romances Hollywoodianos
Avista o seu príncipe encantado.
Montado à cavalo com sua cavalaria.
Para sua surpresa, o príncipe se aproxima que
Para surpresa maior, dizer que um dos cavaleiros quer beijá-la.
Direta e reta diz estar interessada no príncipe.
Que a pega pela cintura e a beija.
O beijo é parado pela bolada de papel que chega
Voando na cabeça da menina.
Que não sabe se fica puta ou se agradece o
Fim do beijo mais sem graça.
Nada de romantismo.
Agora indignada e sem querer aceitar que beijo seria aquilo
Volta a dançar e procurar aquele que quisesse o mesmo experimento.
Eis que surge um cavalheiro
E a corteja.
Ela, assombrada pelo acontecido anterior
Tem receio.
Mas lembrando da experiência e indignação,
Se joga nos braços do menino.
Se entrega à sorte.
E eis que ela se surpreende com o resultado.
Estonteante, sem saber como aquilo era possível,
Pensa como ainda não havia feito antes?
 
Reflexão:
Quando decide fazer algo, essa decisão te leva a ter experiências. Não necessariamente precisa classificar como bom ou ruim, mas podem vir experiências diferentes, que chegarão de formas diferentes e serão sentidas de formas diferentes. Esse 'como é sentido', normalmente, é o que faz a gente parar ou continuar caminhando. E aí? Parar ou continuar? Não quer dizer que serão boas ou ruins, se machucarão ou afagarão.

Jessika de Sousa Macedo

(passeando por escritas antigas neste feriado)

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