sábado, 18 de outubro de 2025
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
como se vê para além das carcaças?
terça-feira, 12 de agosto de 2025
voilá
quarta-feira, 30 de julho de 2025
quinta-feira, 3 de julho de 2025
estilhaços
me reconheça.
não sou muito diferente de você.
umas manias aqui
uma textura ali.
não muito diferente.
quase semelhantes
por que você não quer me ver?
eu te envergonho?
eu te constranjo?
eu te enojo?
eu te encanto?
você enxerga a sua beleza?
eu a tenho.
você enxerga a sua estranheza?
eu a tenho.
tenho sua feiura também.
você as vê?
e por que não me vê?
pra quê as vê somente em mim?
não me endeuse
não me menospreze.
apenas me veja.
(texto brotado na aula de Pedagogia - sobre preconceitos)
Jessika de Sousa Macedo
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Ato sem nº
sábado, 15 de março de 2025
toxic
Medo. Risos. Espanto. Mais risos. E totalmente seduzida. Cá estou eu.
quarta-feira, 5 de março de 2025
"cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada"
quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
confessos e desejos
percebo que tenho um caminho de aprendizado e ao mesmo tempo sou grata por agora, pelo agora.
perceber as defesas, o querer fugir de ser acolhida, achar que não sou bem-vinda (que o corpo registrou) e perceber que cada um está tentando sobreviver e viver da melhor forma possível e ao mesmo tempo dizer não para algumas ações que fazem mal e continuar amando e querendo bem as pessoas.
isso tem sido importante.
e perceber um lugar de família, de comunidade. de querer viver e compartilhar a vida..
isso é gostoso. e assustador. e tem sido importante.
e simbora pra mais um ano.
que eu possa estar atenta a mim e aos outros.
que seja uma passagem de ano em paz e consciente.
que esse ano que chega possa ser bem recebido.
Jessika de Sousa Macedo
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
eu, pinto
Fico pensando como seria falar a língua de um outro animal. Sei lá, percebo que pode ser complexo atingir o âmago em outra língua/linguagem que não a que se foi construindo em cada célula, por anos. E então, em outro continente, se torcer para atingir o âmago por outras vias, outra língua. Deve ser estranho e interessante. Será por isso que nunca me dediquei a língua alguma? Não sei. Acho que talvez não. Mas voltemos ao caso de espécies diferentes. Imagina se de fato entendêssemos o significado do som que uma arara está emitindo e poder responder. Não simplesmente imitar o som como algumas pessoas fazem perfeitamente bem. Mas de fato sentir e soltar o som. Ok. Fui longe na viagem. Mas sei lá. Preguiça de elaborar humanamente o que o corpo tá pedindo e a cabeça gritando. Ou seria o contrário? (É muito 'dramalhão' aprendido. Tá. Estou julgando e generalizando a humanidade e outras espécies. Guilty.)
Acho que só estou fugindo mesmo. Acho que estou com medo de conhecer o outro lado da porta e deparar comigo diferente. Anseio e tenho medo. Talvez por isso tenho ficado praticamente vegetativa nas férias. Sem viajar. E sem o único elo material que me liga à minha cidade de origem. O trabalho (um lado que temia. Concentrar a maior parte da energia em uma única coisa e ficar perdida sem ela.).
balança
balança
e
se lança
como os frutos que caem
maduros no chão
cumprindo sua função de nutrição de si
e agora o
outro
a nutrir.
retribuir.
pra frente que se
doa.
troca.
limpa.
lança.
se lança.
balança.
como os galhos de uma árvore
que dança.
terça-feira, 22 de outubro de 2024
verde amiga
quais histórias você tem contado às plantas?
as que dividem a casa com você.
quais respostas elas têm
te dado?
frutos
flores
brotos
cheiros
trabalhos
folhas secas
mortes
balanço de galhos..
como tem sido essa dança de roda
entre vocês?
quais novas chegaram.
quais partiram.
ultimamente tem mais choros ou risadas.
que história tem contado às plantas?

