terça-feira, 30 de maio de 2023

Ô seu moço
da fala doce,
em seus lábios têm mel?
Me diga quanto mais
de doce, senhor, há nesse céu?
Nessa boca azulada
nesses lábios carnudos
nessa língua de seda
há também um abelhudo.
Como que faz, seu moço,
pra abelha zumbiar
e só aparecer, seu moço,
quando chamada ela for?
Deixando o mel transbordar
dessa boca céu
que os ouvidos amansam
ao sentirem o mel.

Jessika de Sousa Macedo


amor é aquilo que quero expressar e não o faço. de alguma forma associei a algo proibido. sou agressiva, então. mostro o seu inverso, por vezes. o seu outro lado. chuto o pau da barraca por achar não poder abraçar, abrigar. brigo. com o outro. comigo. abrigo. do jeito que consigo. depois de passar por esse lugar de proibição. ele sai. ainda assim ele sai. ele é forte para ficar aqui preso. ele é muito para não transbordar. só queria que fosse uma resposta direta. sem passar pelo campo do proibitivo. na espontaneidade que tento camuflar. que sai entrecortada, trepidada, desajustada com aquilo que é.

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